terça-feira, 1 de setembro de 2009

Querem que eu me case

Tem uma mulher louca (louca mesmo) que passa aqui na frente de onde eu trabalho e diz "oi" toda vez que passa. Às vezes ela dá uma paradinha aqui na frente, cumprimenta e vai embora.
Certo dia ela parou e entrou:
Louca: Oi!
Eu: Oi.
Louca: Nossa, você foi tão distante comigo ontem no mercado...
Eu: Acho que você se confundiu, porque eu não estava no mercado ontem.
Louca: Ahhhh, então agora eu entendi. Eu conversei com uma moça e eu achei que era você. Perguntei se não era a mãe dela quem fazia as compras; ela ficou brava e falou que era casada e era ela mesma quem fazia as compras. E você, é casada, não é?
Eu: Não.
Louca: Mas tem namorado?
Eu: (Que te importa?) Tenho.
Louca: Ah, então eu espero que você case.
Eu: Eu espero que não.
Louca: Mas eu espero que case.
Eu: (Com mais ênfase) Eu espero que não.
Louca: (Também com mais ênfase) Mas eu espero que case.
Eu: E eu espero que não!! (E depois, falando como se fala com uma criança) Olha, talvez a moça tenha sido estúpida com você no mercado porque você tenha se intrometido na vida dela como está se intrometendo na minha, né? (Não sei como consegui falar isso) Você quer casar?
Louca: Eu já me casei mas...
Eu: (Interrompendo) Então, eu não quero. Pronto. Dá licença...
Peguei o telefone e fingi que discava um número, fiquei segurando o fone até ela ir embora...
Não sei quem é essa mulher, eu cumprimentava por educação. Agora, se ela me cumprimenta, dou um sorriso sem mostrar os dentes, que é mais uma careta de dor.

E depois dessa teve outra.

Uma senhora passava com os netos gêmeos de uns 6 anos aqui na frente todos os dias. Eles passavam correndo e ela parava aqui na frente e gritava "Nenê, não corre, nenê! Vem aqui, nenê!". Assim que eu olhava pra ela, ela sorria, dava boa tarde e ia embora. Ela chamava atenção só pra cumprimentar! Às vezes eu tava fazendo alguma coisa no computador e ela não parava de gritar até eu olhar pra ela.
Certo dia eu tava na porta e veio ela descendo a rua. Parou.
Senhora: Oi!
Eu: (Ih, lá vem) Oi.
Senhora: Você trabalha no computador?
Eu: (Dentro dele? Não.) A-hã.
Senhora: Meus neto tem computador. Eles num para de mexer o dia inteiro.
Eu: Ah, é?
Senhora: (De repente, não mais que de repente) Você é casada?
Eu: Por quê?! (querendo mesmo perguntar "o que você tem com isso??")
Senhora: Não, eu só quero saber se é casada, se tem noivo...
Eu: (Ai, meus sais...) Dá licença...
Atendi o telefone que não estava tocando e fingi que conversava com alguém. Aí ela falou tchau lá da porta e foi embora.
Pô, a mulher não me conhece, fica mendigando atenção e vem com essa história. Que saco!
Tem dó de mim.

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