terça-feira, 8 de setembro de 2009

Feriado prolongado

Nunca lavei tanta louça na minha vida!
Tivemos aqui a Festa Italiana na praça da cidade e o Sindicato Rural (onde minha mãe trabalha) colocou uma barraca lá, vendendo Frango à Brasileira (com molho a base de vinho e café), Lombo com molho de café e sorvete de café. Até eu entrei na dança. A festa foi nos dias 4, 5, 6 e 7, e minha mãe começou a cozinhar no dia 3. Nesses cinco dias acho que ela fez mais comida do que em toda a vida dela! Haha! No sábado e domingo até eu fiz sorvete.
Tinha ao todo 14 barracas na praça, vendendo desde massas, pizzas até lanche de pernil e risoto de camarão. Nenhuma barraca vendia bebida, só a barraca no centro da praça, e nessa barraca havia um revezamento entre o pessoal de todas as barracas. Ficaram quatro pessoas na barraca do Sindicato, e quem fez o revezamento por eles na barraca de bebidas fomos eu e o namorado. Das 15h às 17h no sábado e das 13h às 15h na segunda-feira. Pra dar uma mãozinha, ficaram lá uns três moleques da Guarda Mirim, e eu desconfio que eles meio que... passavam a mão no dinheiro. O balcão era aberto nas laterais. Uma caixa de papelão cheia de copos descartáveis dava uma disfarçada em cada lateral do balcão. O dinheiro ficava em montinhos, solto entre essas caixas. Não fui eu que arrumei o dinheiro ali, nem fui eu quem chamou os moleques, quem os chamou devia conhecê-los, confiar, sei lá. Quando eu cheguei pra fazer o rodízio eles estavam bebendo refrigerante. Nas duas horas que eu fiquei ali, se eles pediam "Dona, pode pegar uma Sukita?", eu falava "Pode". Alguém deve ter deixado eles beberem antes, por que não agora? Um moleque de uns 11 anos ficava limpando as mesas, e se alguém pedia alguma bebida, ele levava, cobrava e vinha por o troco em baixo do balcão. Desconfio que ele não colocava todo o troco ali, mas não dava tempo pra ficar conferindo, e mais uma vez, não fui eu quem chamou a molecada...
Durante esses dias, enquanto minha mãe cozinhava, eu lavava a louça. Enquanto ela estava na barraca, eu lavava a louça. Depois que minha mãe chegava, eu lavava a louça. Se precisavam de mais sorvete, descíamos o namorado e eu com a caixinha de isopor. Se acabava o frango, lá íamos nós com a panela.
A festa acabou ontem. Às 19:30h eles já não tinham mais nenhum sorvete pra vender (venderam mais de 80 só ontem) e não saía um prato de carne havia mais de duas horas. Mas teve um show no palco da praça às 20h, e só podiam desmontar as barracas depois do show. Tiraram de lá tudo o que deu: mesas, micro-ondas, fogareiro, botijão de gás, prateleira e cadeiras, mas a geladeira e a cobertura da barraca só puderam ser tiradas depois das 22h.
Eu já estava em casa desde às 17h. Passei aspirador de pó, passei pano na cozinha, limpei o fogão, lavei duas maquinadas de roupa, fiz o almoço pra semana e finalmente tomei meu banhinho. Sentada na sala vendo o jornal, me deu um estalo. Fucei, fucei até descobrir como faz pra gravar no vídeo cassete e gravei a novela. Minha mãe chegou em casa depois das 23h e ainda assistiu a novela inteira. Essa mulher trabalhou que nem gente grande esse feriado, viu? Não sei se eu aguentava.
E depois de tanto lavar, lavar, lavar, tô com a mão pior que Amélia (a mulher de verdade) precisando muito cortar as unhas! Ufa, cansei!

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