quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O que aconteceu mesmo? (Parte 3)

Então, eu tava prestes a perder meu emprego; estava online esperando alguma família entrar e contato comigo.

Se não me engano, recebi o primeiro e-mail no dia 03 de fevereiro. O email dizia que a família Fulano de Tal estava interessada no meu perfil, e continha dados como o nome dos pais, o sexo e a idade das crianças, lugar onde moravam e se tinham ou não pets. Só que receber esse e-mail de notificação não quer dizer nada, já que a família pode entrar no perfil e não entrar em contato com a menina. No caso, recebi um e-mail da mãe no dia seguinte, falando um pouco da família. A primeira família que entrou em contato comigo tinha um filho só, de cinco anos. Moravam em Washington, DC, e me deu medo só de me imaginar numa cidade grande.

Poucos dias depois uma família de uma cidadezinha do Illinois me contatou. Cidade pequena, mas perto de Chicago. Três crianças, duas meninas e um menino, de 8, 9 e 10 anos. Idade boa, porque provavelmente eu só teria que dirigir as crianças, mas putz, eram três...

A primeira família sumiu, mas logo outra apareceu. Não me lembro de onde, mas lembro que uma das três filhas se chamava Calipso. Essa família mandou um e-mail gigante, mas bem impessoal -aposto que várias meninas receberam um igualzinho- e continha informações sobre as instalações da menina, inclusive que o quarto tinha janela. Na hora pensei "Como assim?! Isso lá é informação que se passe assim, num primeiro contato?", e só depois é que eu fui descobrir a importância de saber de antemão se seu quarto teria ou não janela.

O pai era francês e a mãe de família coreana, e a palavra "rígida" parecia o nome dela, e ops, eram três, então educadamente eu disse "brigadatchau!"

A quarta família a entrar em contato era de uma cidadezinha bem pequenininha, mas a 30 minutos de NY. Duas crianças, menina de 2 anos e meio e menino de 5. A mãe descreveu o menino como "tímido", e isso me soou tranquilizador. Logo quando eu estava ficando animada com essa família, a primeira reapareceu. Hum, duas crianças... uma criança...

Apareceu a quinta família, com um e-mail escrito praticamente nada, e três crianças entre 3 e 8 anos. No primeiro e-mail já dispensei.

Os e-mails com a família de uma criança e com a de duas crianças foram evoluindo, e evoluiu ao ponto de quererem falar comigo por telefone. Isso tudo aconteceu até mais ou menos 10 de fevereiro. As coisas estavam acontecendo muito rápido!

Marcamos uma data pra me ligarem.

Ai, modeuso, eu ia ser entrevistada!

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