quarta-feira, 24 de junho de 2009

Dia sem sorte

Na noite anterior ela passou reto pelo posto mesmo com o carro na reserva há pelo menos sete quilômetros. Vai dar, disse para si mesma, abasteço amanhã. Na noite seguinte, às 18:30h, saindo para uma prova na faculdade que fica na cidade vizinha e que começaria às 19:30, ela deu partida no carro. Não pegou. O combustível acabou? Acabou. Era pra andar mais na reserva, mas não andou.
Fuçou o lixo em busca de uma garrafa de dois litros mas só achou de um litro e meio. Subiu correndo o morrinho até o posto. Inspira. Expira. Inspira... Completa, faz favor? Dois e sessenta. Tem funil pra emprestar? Tem.
Desceu o morrinho correndo com a garrafa numa mão e o funil de quase um metro na outra. Vai com calma, um pé torcido nessa hora não ia ajudar em nada.
Levou um minuto e meio até conseguir abrir a tampa do tanque. Glup glup glup. Deu partida. Agora sim. Foi até o posto, devolveu o funilzão e abasteceu mais um pouquinho. Parar no meio da estrada por falta de combustível é que não, muito obrigada!
Voou serra abaixo e entrou na sala dois segundos antes da prova começar. Quase acabando, a professora pegou a cola. Putz!

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